sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Olhe para o pai

Ouvi a história de um pastor que iria fazer um sermão numa igreja, contando a sua história:

"Quando eu era um menino, eu via meu pai se preparar para pescar. Eu queria muito ir com ele, mas ele me dizia:
- Ainda não filho, você ainda não está na idade.
Eu ficava emburrado e triste. Mas o tempo foi passando, e de tanto insistir em participar das atividades de pesca, ele então me diz:
-Se prepare para acordar amanhã de manhã bem cedo, porque vamos sair para pescar!
Aquela noite fora a mais longa da minha vida.
Quando acordamos era madrugada ainda. Subi na carreta do meu pai com outros homens que iriam nos auxiliar. Passamos por uma estrada de terra. Alguns quilômetros depois, estávamos fora de qualquer rota, passando pelas árvores, até um ponto aonde conseguir ouvir um barulho ensurdecedor e familiar... Era de uma cachoeira.
Eram uns 50 metros de queda livre. Meu pai disse que os índios da região chamavam esse rio de "Águas turbulentas", e falou que teríamos de atravessar esse rio para chegar a um lugar bom para pescar. Mas a única forma de passar seria pulando de pedra em pedra...
Uma coisa que não sabíamos é que tinha chovido o dia anterior, então o nível da água tinha aumentado e estava cobrindo o pico das pedras, o que acarretou no acumulo de um muco verde e escorregadio em suas superfícies.
Todos decidiram atravessar, e meu pai se posicionou para ser o primeiro a passar. Amarrou uma corda em seu lombo e passou da zona de perigo. Do outro lado, chamava o próximo a atravessar.
Pensei então: Se meu pai conseguiu atravessar, eu também consigo...
Amarrei a corda no lombo e fui...
Um detalhe importante é que meu pai usava uma botina, enquanto eu estava equipado com uma sandália havaiana... 
Então não deu outra: no meio da passagem, escorreguei e cai no rio.
Comecei a ser arrastado pela correnteza, quando senti uma força como se fosse me partir ao meio... Era a corda presa em minha cintura!
Estava girando e bebendo muita água... não conseguia ficar na superfície muito tempo...
Mas deu para perceber que meu pai estava em cima de uma das pedras... E queria me dizer alguma coisa, mas não conseguia entender...
Experimentei segurar a corda, e então parei de girar e fiquei na superfície...
Então, num ato de desespero, puxei a corda e afundei... bebi muita água...
E ouvia meu pai gritar alguma coisa, mas não conseguia compreender
Gastei todas as minhas forças puxando a corda e me afogando...
Quando não aguentava mais, parei de puxar e pude entender o que meu pai queria falar
Ele gritava para que eu parasse de puxar a corda, para que eu pudesse me manter na superfície, e assim ele pudesse me puxar e me tirar da água. Se ele me puxasse enquanto estivesse no fundo, ele poderia ter me matado."



Será que é necessário chegar até o fim de nossas forças para que confiemos no poder de Deus ?
Ele só poderá nos salvar se pararmos de puxar a corda... E quanto mais puxamos, mais para o fundo vamos...
Confie na força de Deus! Pare de puxar a corda!
"...Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." Isaias 40.31