quarta-feira, 24 de março de 2010

A paz perfeita

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.

Foram muitos os artistas que tentaram.

O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo.

Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.

Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.

Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas.

Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.

Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões.

Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água.

Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha.

Neste arbusto encontrava-se um ninho.

Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho...

Paz perfeita!

O rei escolheu a segunda e explicou:

"Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor."

"Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração."

Este é o verdadeiro significado da paz.

Autor Desconhecido

Homem ou macaco?

Três macacos sentados num coqueiro discutindo sobre coisas de que ouviram dizer...

Disse um deles para os outros dois:

" Há um rumor de que pode ser verdade que os seres humanos descendem da nossa nobre raça.

Bem, essa idéia; é horrivel!

Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea ou deixou seus bebês famintos ou arruinou a vida deles.

E nunca ouviu-se dizer que alguma mãe macaca tivesse dado seus filhos para outra ou que alguma delas tivesse passado os filhos de uma para outra mãe, até que eles ignorassem de quem realmente eram filhos.

Há ainda uma outra coisa que macacos jamais fizeram: Sair à noite para roubar, usando arma de fogo, porretes ou facas para tirar a vida de outros macacos.

Sim, os humanos descendem de uma espécie rude.

Mas, manos ... Com certeza eles não descendem de nós"
Silvia schmidt

A parábola da roupa velha

Certa vez, um rei, mandou seus soldados colocarem um convite em praça pública para todos moradores do seu reino e dos reinos vizinhos, e quem quisesse, comparecer a uma festa incrível que seria dada no castelo neste dia.

O povo se alegrou e correu para se preparar para a tal festa. Um mendigo que morava na cidade ficou muito feliz, pois há muito tempo não comia decentemente, mas ao se aproximar do cartaz com o convite, seu semblante foi aos poucos se transformando em raiva... onde já se viu! gritava ele, esse rei é um patife!! esbravejou.

No final do convite, tinha uns dizeres que informavam: É obrigatório o uso de vestimentas Especiais.

O mendigo ficou extremamente irritado... onde iria conseguir tais roupas? então resolveu falar com o rei.

Logicamente os guardas do palácio barraram sua entrada; e ele, da porta do castelo, gritava a pleno pulmões: Eu quero falar com o rei ! Tenho direito! O rei é um homem que fala pelos dois cantos da boca... - e incomodou tanto os guardas que os fez lembrar que seu rei era muitíssimo sábio e bondoso. Então resolveram falar com o rei sobre isso e o rei permitiu a entrada.

Depois que o mendigo apresentou suas razões o rei concordou com ele e disse:
- O que me pedes é muito justo, roupas limpas... - e chamou seu filho, que prontamente atendeu o pai ao ele ordenar :

- Leve esse homem ao quarto real e lhe dê aquela roupa especial!




O filho o acompanhou pelo castelo, enquanto este estava com sua boca  escancarada! quanta beleza, quanta riqueza!

Chegando ao quarto real, ele deparou-se com a janela, vista incrível! Mas foi direcionado para o extenso armário do príncipe, e daí ficou indeciso... ele deparava-se com uma roupa mais bonita que a outra... O filho do rei teve que tomar a atitude de vestí-lo com uma veste talar de mangas compridas. O decote era fantastico...

Ao vestir-se, o mendigo pegou sua trouxa de roupas sujas e rasgadas e colocou debaixo do braço. Antes de sair, O filho do rei, vendo isso, lhe pergunta: porque não jogas esses trapos fora? O "mendigo" responde: ah não! deixa assim, pois quando essas roupas novas se gastarem eu posso muito bem precisar desses trapinhos... e vou guardá-los bem! - E, não dando vez para uma resposta, este se retira do quarto, agradecendo pelo presente.

Durante a festa, que começara a pouco, o mendigo permaneceu com sua trouxa de roupas debaixo do braço e não podia se servir, nem comer direito, pois a trouxa o atrapalhava e com uma só mão era difícil manusear as coisas. Ficou irritado, porque pretendia permanecer a todo o custo com a roupa, mas não conseguiu divertir-se na festa.

Ao sair do castelo, descendo as grandes escadarias da entrada, tropeçou. Em seu descuido, não havia percebido que uma parte de seu trapo enrolou-se em sua perna... Uma grande multidão se pôs a sua volta. Olhares horrorizados indicavam a gravidade da situação. Ao chegar ate os ouvidos do rei esta notícia, ele se aproximou,  se ajoelhou proximo ao corpo frio do pobre sujeito e chorou:
-Não precisava ser assim... não precisava... as roupas que eu mandei te dar, eram as mais especiais, jamais se gastariam.

O Senhor tem nos dado novas vestes, vestes que não se gastam, que são santas...

o que lhe impede de largar seus trapos ? Não deixe isso tirar a sua vida...